Cohab promove educação ambiental para crianças do Caximba. Na imagem Davi (de azul). Curitiba, 16/05/2022 Foto Divulgação Cohab

Cohab promove ações socioambientais com crianças da Vila 29 de Outubro

A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), em parceria com o Núcleo de Educação da Regional Tatuquara, está trabalhando ações socioambientais com as crianças da Vila 29 de Outubro. O objetivo é auxiliar na manutenção dos bons resultados a serem alcançados com o Projeto de Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba.

“Além da titularidade das casas para as mulheres, também centramos nossa atenção nos curitibinhas do Caximba. Ao ensinar para as crianças a importância do cuidado com o meio ambiente, fazemos um investimento que vai auxiliar a manter as melhorias que estamos promovendo com o projeto. O futuro pertence às crianças”, destaca o prefeito Rafael Greca.

O geógrafo e gestor ambiental Vagner Cypriano foi contratado com a equipe do Escritório Local do Caximba (ELO) exclusivamente para atuar no projeto Bairro Novo do Caximba. Na última semana ele realizou três diferentes ações com estudantes da Escola Municipal Joana Raksa.

As crianças participaram da revitalização da horta da escola, fizeram plantio de árvores e construíram maquetes reaproveitando materiais recicláveis. “Com a horta nós trabalhamos assuntos relacionados a saúde e segurança alimentar, já com o plantio de árvores foi destacada a importância da cobertura vegetal em ambientes urbanos, para proteger o solo e evitar enchentes”, explica Cypriano.

Escola Municipal Joana Raksa
Além dele, também são responsáveis pelas ações a professora Keila Marilei Silva, da Escola Municipal Joana Raksa, e o colaborador da comunidade Gilmar Ribeiro. As atividades contaram ainda com a participação dos professores e estudantes da educação infantil (pré), 1º ao 5º ano, EJA e estudantes da Educação Especial.

“A escola, com a contribuição da equipe do ELO, tem por objetivo construir e desenvolver ações com os estudantes a fim de proporcionar atitudes capazes de minimizar os impactos ambientais e danos causados ao meio ambiente, tão presentes na localidade”, afirma a professora Keila Marilei Silva.

Além de toda a parte conceitual e teórica que foi trabalhada em uma roda de conversa, as crianças também participaram da parte prática, mexeram com a terra e aprenderam a plantar. Foram plantadas 25 mudas de árvores nativas araçá e ipê.

“Na roda de conversa ressaltamos todos os benefícios de uma boa cobertura vegetal, como a estabilidade climática, conforto ambiental, melhor qualidade do ar, e conservação de um ambiente ecologicamente equilibrado”, conta o gestor ambiental.

Maquetes
Além de trabalhar a importância da reutilização de materiais recicláveis, a atividade das maquetes demonstrou como acontece a erosão do solo, causada pela falta de cobertura vegetal. Os estudantes puderam ver uma comparação entre os efeitos da água em solo provido e outro desprovido de cobertura vegetal.

Elaboradas com galões de 5 litros de água mineral, as maquetes representaram três tipos de ecossistema: totalmente exposto, com agricultura e com cobertura vegetal.

“É uma forma didática de demonstrar os efeitos da chuva no solo. No solo exposto as crianças observaram que a água vai rapidamente e em grande quantidade direto para o rio, o que aumenta o risco de enchentes”, explica Cypriano.

Já nos solos com cobertura vegetal, as raízes, caules e folhas absorvem parte da água, que vai mais lentamente e em menor quantidade para os rios.

“A partir do plantio surgiu a necessidade de mostrarmos a relevância da redução dos danos ambientais para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes. Por isso propusemos a confecção da maquete para trabalhar a temática erosão do solo”, ressalta a professora Keila.

Aprendizado
Os estudantes demonstraram interesse e ficaram empolgados com os conhecimentos adquiridos nas atividades, como o Davi Cordeiro de Matos, do 5º ano, e a Kamilly dos Santos, do 1º.

“Eu aprendi que quando o solo não está protegido pela cobertura vegetal, como árvores e plantas, a água da chuva carrega os nutrientes para o rio. Na maquete a água escura está cheia de terra, ela trouxe os minerais. Isso não acontece quando tem plantas”, disse Davi.

“Nós plantamos alfaces e vimos crescerem, toda semana a gente ia na horta ver como elas estavam. Minha mãe fez uma salada com a alface que eu levei para casa”, contou a pequena Kamilly.

Os projetos de urbanização e reassentamento coordenados pela Cohab sempre contam com um componente ambiental. “Além de contarem com gestor que trabalha questões de educação ambiental com os moradores atendidos, os projetos garantem benefícios diretos para as famílias e também para o meio ambiente, ao liberar margens de rios e áreas de proteção ambiental”, salienta o presidente da Cohab, José Lupion Neto.