Ao longo dos últimos 14 meses, equipes multidisciplinares da Prefeitura Municipal de Curitiba concretizaram um importante passo na política de defesa dos Direitos Humanos, com a elaboração do Plano de Ação de Gênero (PAG) para o Bairro Novo da Caximba.
Coordenado pela Assessoria de Direitos Humanos (ADH), com o apoio da consultoria Apoena Socioambiental e a participação de outras 13 áreas intersetoriais da administração pública, entre as quais a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), os servidores e servidoras envolvidos na tarefa formalizaram a entrega do plano, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), durante a visita do novo diretor para o Brasil e Cone Sul, Dominique Hautbergue, e do gerente sênior de projetos da AFD, Rogério Barbosa.
O PAG elenca mais de 100 ações transetoriais, elaboradas em um processo construtivo coletivo, que envolveu servidores (as), gestores (as), especialistas e a comunidade, estruturadas em nove eixos que se complementam: acesso à educação e informação; autonomia; trabalho e geração de renda; promoção da saúde; segurança alimentar e nutricional; lazer, esportes, cultura e bem-estar; mobilidade; segurança e bem-estar, participação em espaços de tomada de decisão e gestão pública do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo da Caximba (PGRC).
“Há um ano, esse plano era um sonho. É muito gratificante vê-lo concretizado e entrando em nova fase de execução. As mudanças promovidas pelas políticas públicas são feitas passo a passo, com essa troca de conhecimento e aprendizado mútuo”, avaliou Rogério Barbosa.
Conhecimento e aprendizado como os compartilhados pela agente Cristina Miho, do Distrito Sanitário do Tatuquara, durante a entrega oficial do PAG, na manhã da quarta-feira (22/11). “Participar desse processo foi fundamental para perceber as especificidades de cada público que atendemos. Os planejamentos são feitos com olhar generalista, mas observar as particularidades é um exercício enriquecedor, porque nos abre os olhos e caminhos para novas abordagens, mais inclusivas e de melhor resultado”, disse.
Um dos exemplos é a adoção e reconhecimento do nome social no cadastro do paciente nas unidades de saúde. “Considerar esse dado e respeitá-lo durante o atendimento já muda o engajamento da paciente, seu comportamento e adesão ao tratamento. Faz toda a diferença”, disse.
A próxima fase do PAG é a contratação da consultoria que vai dar suporte à ADH na execução e monitoramento das ações previstas. A contratação será feita pela AFD, a fundo perdido. “Já temos muitas metas de desenvolvimento nesse segmento para conquistar daqui em diante. O trabalho de todos começa e recomeça a cada dia”, celebra a assessora da ADH, Elenice Malzoni.